O novo posicionamento da direção nacional do Solidariedade em relação às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que paralisaram as indicações para o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) evidenciou a perda de influência do deputado estadual Othelino Neto dentro do partido no Maranhão.
Na semana passada, o Solidariedade formalizou uma federação com o PRD, e o comando da legenda no estado ficou sob responsabilidade do deputado federal Marreca Filho, aliado do governador Carlos Brandão (PSB), adversário político de Othelino.
Na última segunda-feira (30), Othelino ainda tentou se movimentar ao apresentar ao ministro Flávio Dino, relator das ADIs no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para a realização de audiência pública sobre os critérios de indicação dos conselheiros do TCE-MA, além da inclusão da advogada mineira Clara Alcântara Botelho Machado no processo.
No entanto, poucas horas depois, a direção nacional do Solidariedade desautorizou o parlamentar, enviando uma nova manifestação ao STF, desta vez solicitando justamente o contrário: que a advogada não seja admitida no processo, a revogação das decisões cautelares que travaram as indicações e a desconsideração do pedido apresentado por Othelino.
A sigla também se posicionou favoravelmente às mudanças implementadas pela Assembleia Legislativa quanto aos critérios de escolha para o Tribunal de Contas.
Diante do enfraquecimento no partido, é pouco provável que Othelino Neto permaneça no Solidariedade, pelo qual planejava disputar uma vaga de deputado federal ou buscar a renovação do mandato estadual.
Agora, todas as atenções se voltam para a decisão do ministro Flávio Dino, que analisará o novo pedido da legenda autora das ações.
