A Polícia Civil do Maranhão revelou, nesta quarta-feira (30), que o ovo de Páscoa consumido por uma mãe e seus dois filhos na cidade de Imperatriz estava contaminado com chumbinho, um pesticida perigoso utilizado ilegalmente para exterminar roedores.

As vítimas, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7 anos, faleceram após ingerir o chocolate, enquanto a mãe, Mirian Lira, foi hospitalizada em estado grave, mas sobreviveu. Jordélia Pereira, uma mulher de 35 anos, foi presa sob suspeita de ter enviado o ovo contaminado para a família.
O laudo do Instituto de Criminalística confirmou a presença do veneno tanto no ovo de Páscoa quanto nos corpos das crianças e no material apreendido com Jordélia no momento de sua detenção. Com essas informações, a polícia finalizou o inquérito e indicará Jordélia por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.
As investigações revelaram que o relacionamento de Mirian com o ex-marido de Jordélia, que tinha recomeçado há três meses, pode ter gerado ciúmes e motivado o crime. Mirian, em entrevista, expressou sua incredulidade ao saber que o ovo de Páscoa enviado a sua residência poderia estar contaminado.
O ex-marido de Jordélia, que mora em Santa Inês, havia dado indicações à polícia sobre a possível autoria do envenenamento, mencionando também ameaças anteriores feitas por sua ex-esposa a Mirian.
Infelizmente, o Hospital Municipal de Imperatriz confirmou na última terça-feira (22) a morte de Evelyn, que faleceu em decorrência de choque vascular refratário e falência múltipla dos órgãos, consequência das complicações após a ingestão do ovo envenenado.

