Camarão na frigideira

Felipe Camarão vive a maior encruzilhada de sua trajetória política. De um lado, a chance de seguir ao lado de Carlos Brandão, de quem é vice e com quem dividiu o palanque em 2022.

Do outro, a tentação de embarcar de vez no projeto comunossocialista sob a sombra de Flávio Dino, que se recusa a abandonar de vez a política mesmo investido da toga do STF.

O problema é que Brandão não dá sinais de que deixará o cargo em 2026. E a fila de pretendentes à sucessão já tem nomes como Orleans Brandão e Pedro Lucas Fernandes, o que empurra Camarão para fora da zona de conforto.

Dino, por sua vez, intensificou o embate com o clã Brandão e voltou a circular com desenvoltura pelos bastidores da política local. Já ventilou, inclusive, uma chapa com Camarão na cabeça e uma professora da UNDB na vice, o suficiente para acender o alerta no Palácio dos Leões.

Camarão tenta se equilibrar no fio da navalha, mas, em breve, terá que escolher: reafirma a aliança com o governo ou se deixa levar pelo coração vermelho. O tempo, como sempre, anda mais rápido que a ambição.

Do Marrapá

Deixe uma resposta

  • O que está procurando?